O artista plástico Júlio Aldo Marvão, morreu nesta quinta-feira (25). Ele estava internado em um Hospital de São Luís devido a problemas de saúde, onde seu estado se agravou, vindo a óbito.

Através da arte o homem tem a possibilidade de criar e representar transformando seus anseios em expressões que passam a ser agentes da história. A obra de arte é um fato histórico porque tem um valor artístico. Com o poder de atravessar barreiras, a arte nasce do novo, é experimentação e faz com que o homem se torne um criador. Sua função social quando transformados revela ao artista um conhecimento afetivo e real do mundo, dando-lhe o poder de criar através de suas interpretações.  Nesse contexto e parafraseando os artistas Miguel Veiga, Dila, Antônio Almeida, Newton Sá, Marlene Barros, Frida Kahlo, Hélio Oiticica, Brecheret, Vik Muniz, Emmanuel Nassar, PP Conduru e tantos outros, em Santa Rita, interior do Maranhão – Norte do Brasil, foi forjado um dos nossos inquietos criadores...no caso Júlio Aldo Marvão de Oliveira, o nosso Aldo Marvão. 


Fundamos juntos o movimento Cem Modos, grupo que promovia iniciativas de teatro, música, artes plásticas, pesquisas e a gincana Boca de Forno, que por muitos anos fez a alegria da juventude local; Aldo Marvão participou de exposições de artes visuais em São Luís, Belém e Aracaju; em 1991, na Coletiva de Maio, foi muito elogiado pala crítica com o seu "Tótem", uma instalação feita com 30 cabeça de boi numa plástica rudimentar fincada fortemente no dia do Maranhão. Outra Exposição de grande aceitação da crítica foi "Miscigenação de Novos", em parceira com Didi Muniz e Palácio Neto, onde retrata o olhar plástico poético do mundo contemporâneo.


Nesse momento de profunda dor, precisamos prestar essa última homenagem para um filho das artes, filho de Maria e João, parceiro de longa data. Temos plena certeza que partilhamos muitos momentos de graça, em estado de graças. Agora basta guardarmos na memória os bons momentos que vivemos juntos. Poderemos ficar a eternidade sem poder mais vê-lo. Mas não muda nada. É como se o tempo não passasse para a nossa a amizade. 


Saudade nós matamos, lembranças nós guardamos, tristeza nós superamos, amigo nós descobrimos, mas pessoas especiais como você, nós nunca esqueceremos.

Evoé, Aldo Marvão...vai te incluir na Galeria dos Grandes Artistas do mundo.


Didi Muniz