Blog do Davi Max


“Fala que se perde”. A frase é do vereador de Bacabeira, Jefferson Calvet, em grupos de aplicativos de troca de mensagens do município. O comentário curto e objetivo faz referência ao ex-prefeito José Reinaldo Calvet, tio do parlamentar bacabeirense.

A frase do líder do PSC na Câmara de Bacabeira surgiu após matéria do blog do jornalista Glaucio Ericeira informando que a prefeita Fernanda Gonçalo (PMN) teria iniciado uma verdadeira “caça as bruxas” no município. O jornalista diz que o alvo preferencial da tal perseguição tem sido servidores ligados à vereadora Kellyane Calvet (PMB), filha do ex-prefeito Calvet e prima de Jefferson. 

Afinal, isso seria algo novo no município? A resposta é não! Para que você possa entender essa polêmica, vamos voltar ao tempo na historia politica de Bacabeira e explicar a situação. 

Quando Calvet foi prefeito de Bacabeira, no período de 1997 a 2004 na sua primeira desastrosa gestão, ele nomeou o ex-vereador José Ribamar Desterro, conhecido como professor Desterro, para a Secretaria de Educação. Na época, professor Desterro era presidente da Câmara e se licenciou do cargo para assumir a pasta da educação. Ocorre que no determinado momento, ambos romperam a relação politica e, a primeira iniciativa de Calvet foi tirar todos os aliados de Desterro da prefeitura. Ao justificar as exonerações, Calvet disse que os aliados do agora ex-correligionario não representavam mais confiança para trabalhar no executivo municipal. 

Anos depois, já na gestão do seu sucessor José Venâncio Correa Filho, a mesma historia se repetiu. Venâncio era o ‘homem de confiança’ de Calvet, mas os dois romperam as relações politicas em 2007, depois de uma confusão envolvendo supostamente a venda de um terreno público no município. 

A primeira iniciativa de Venâncio foi exonerar os aliados de Calvet de sua gestão na prefeitura. O motivo foi o mesmo: falta de confiança. No entanto, 21 anos depois, Calvet acha normal ele e a sua filha seguir uma posição politica contraria à da prefeita e manter o status quo na prefeitura. Ora, se ele não confiou em manter aliados de ex-correlionarios por que a atual gestora iria manter? A verdade é uma só: Calvet condena hoje o que já praticou no passado.