As Crianças Kauã e Joaquim foram mortos na casa onde moravam, em Linhares, Espirito Santo dia 21 de abril. Segundo o delegado responsável as vítimas foram queimadas vivas após serem abusadas. O pastor está preso.


O pastor George Alves matou o próprio filho e o enteado em Linhares, na região Norte do Espírito Santo, segundo o inquérito policial divulgado nesta quarta-feira 23 de maio. A perícia indica que o acusado estuprou as crianças, agrediu e colocou fogo nelas ainda vivas. O inquérito vai ser levado à Justiça na próxima semana. O Pastor e Pai de uma das crianças Padrastro da outra, está preso temporariamente e a Justiça decidiu prorrogar a detenção por mais 30 dias. Indiciado por duplo homicídio triplamente qualificado e duplo estupro de vulneráveis. A pena máxima pode chegar a 126 anos. A mãe das crianças não tem participação no crime e não é investigada.

“O conjunto de indícios nos demonstra que, naquela madrugada, o investigado, inicialmente, molestou as duas crianças, tanto filho biológico Joaquim quanto o enteado Kauã, mantendo um ato libidinoso”, declarou o delegado André Jaretta. 

Jaretta contou que, para ocultar o ato sexual, George violentou fisicamente as crianças, o que foi comprovado pelos vestígios de sangue no banheiro, que o exame de DNA comprovou ser de Joaquim.

“Com as duas vítimas ainda vivas, porém desacordadas, o investigado as levou até o quarto, as colocou na cama e ateou fogo nas crianças, fazendo com que elas fossem mortas com o calor do fogo”, diz o delegado Jaretta, que afirmou ainda que os meninos morreram pela carbonização. “Isso tudo é comprovado pelo exame pericial. As crianças continham fuligem na traqueia e o exame demonstrou que elas ainda respiravam quando começou o incêndio”, afirmou. 

Delegado Jaretta explicou ainda que, depois de tudo, George saiu de casa e não chamou socorro, até que alguém apareceu. “Feito isso, o investigado foi para a parte externa da casa e, sem que abrisse o portão, ficou andando de um lado para o outro, até que vizinhos vissem o cenário e, por conta própria, prestassem auxílio. Mas, quando eles chegaram, não havia mais condições de socorro”, destacou. 

Defesa 

A defesa disse que ainda não teve acesso ao inquérito. “Até o momento a defesa não teve acesso a uma perícia que pode incriminá-lo. Estamos aguardando para podermos nos manifestar sobre isso”, falou a advogada Taycê Aksacki.