Imagem de uma das fazendas da empresa Bomar, em plena atividade.

A câmara municipal de Santa Rita tomou uma iniciativa louvável ao discutir com a comunidade, a possível instalação da Bomar, uma empresa com sede no estado do Ceará, voltada ao cultivo e comercio do camarão, e que pretende instalar mais uma de suas fazendas na região dos campos, que compreende o território de Santa Rita. A iniciativa vem causando polêmica pelo fato da população local não ter conhecimento exato do projeto que engloba o empreendimento, muito menos a dimensão dos impactos ambientais e econômicos que a mesma irá causar as famílias da área. 

Diante de tantas dúvidas, os vereadores se reuniram na Escola Municipal Hilton Pinheiro Costa, na comunidade Cedro, para aprofundar o assunto, em sessão solene ocorrida na manhã desta sexta-feira (16). O encontro contou com a presença dos edis, secretários municipais, sindicato dos pescadores, representantes da empresa Bomar e sociedade civil. 

Durante os debates, Marcos Araújo – analista ambiental, representando a Bomar, explicou que a empresa irá investir mais de 220 milhões, em 60 hectares ao longo do Rio Mearim, captando a água salobra para armazenamentos dos tanques. Segundo ele, o local reuniu condições ideais de temperatura, água e logística para o investimento. 

"Uma vez construída, será a maior fazenda de camarão do país e terá capacidade de produção entre 500 e 600 toneladas de camarão por mês, quando em plena atividade. Serão gerados na primeira fase 500 empregos diretos e no segundo e último momento serão 1.600 pessoas empregadas", concluiu. 

Após intensa discussão, o presidente da casa, vereador Fredilson Carvalho anunciou uma futura audiência pública a fim de aprofundar ainda mais o projeto. Segundo ele, o evento será em parceria entre a câmara de Santa Rita e a Assembléia Legislativa do estado. 

Fredilson assim como os outros se mostrou sensibilizado com a questão, visto que grande parte da sua família reside na região dos Campos. Para ele, o poder legislativo se coloca a disposição das famílias, produtores e assim buscar a melhor saída, para que eles não venham a ser prejudicados.