Condenações se acumulam em primeira e segunda instância


A Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, foi a responsável por revelar esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo políticos, agentes públicos, grandes empreiteiras e altos executivos da Petrobras. No entanto, quatro anos depois do início das investigações, as condenações se acumulam em primeira e segunda instância. 

De acordo com o Congresso em Foco, do UOL, tratando-se de autoridades com foro privilegiado, nenhuma ação penal foi concluída no âmbito da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do Judiciário e responsável pelos processos envolvendo parlamentares e ministros.

A publicação destaca que, em Curitiba e no Rio de Janeiro, pelo menos 144 pessoas já acumulam 181 condenações – algumas foram sentenciadas mais de uma vez. 

Quando a lista de Janot foi divulgada, em março de 2015, com o nome dos citados nas delações premiadas do doleiro Alberto Yousseff e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, 193 inquéritos (investigações preliminares que podem virar processos) foram instaurados no STF. Destes, 36 resultaram em denúncias criminais e 7 em ações penais (processos que podem resultar em condenação) que envolvem 100 acusados. 

Dados obtidos no site do Ministério Público Federal (MPF) indicam que 121 acordos de colaboração premiada já foram submetidos ao Supremo até janeiro deste ano. No entanto, o número de condenações de políticos é zero.