ATOS SÃO PARTE DE GREVE NACIONAL DOS TRANSPORTADORES DE CARGAS
Caminhoneiros de todo Brasil fazem protestos contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis em estradas do país na manhã desta terça-feira, 1º. Até as 10h, havia registros de atos em rodovias de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Espírito Santo – alguns deles com bloqueio de pistas.
O ato, que faz parte da greve nacional dos transportadores de cargas, foi organizado nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, afirma o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unican), José Araújo Silva, o China. “E, pelo que estamos vendo até agora, é um movimento bastante forte.”
O aumento do PIS/Cofins anunciado há pouco mais de uma semana pelo governo federal elevou o preço da gasolina a R$ 0,41 por litro; a do diesel, R$ 0,21; e a do etanol, R$ 0,20 por litro. O decreto chegou a ser suspenso por decisão de um juiz da 20ª Vara Federal de Brasília em 25 de julho. A Advocacia Geral da União recorreu e, no dia seguinte, o Tribunal Regional Federal (TRF-1) anulou a decisão que suspendia o aumento.
Além do aumento dos impostos sobre os combustíveis, os motoristas também reclamam da redução dos investimentos na melhoria das estradas. Com a delicada situação fiscal do País, o governo fez um corte radical nos investimentos, especialmente da área de infraestrutura. Dos R$ 36,1 bilhões previstos na Lei Orçamentária para este ano no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apenas R$ 19,7 bilhões estão disponíveis. A redução total, após dois sucessivos bloqueios, chega a 45,4%.
A mobilização também pede mais segurança nas estadas, preço mínimo para o frete e aposentadoria diferenciada para os caminhoneiros.
Os protestos de caminhoneiros acontecem nos estados do Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, onde os motoristas bloquearam a alça de acesso ao Porto de Santos e provocam congestionamento na rodovia Anchieta. Por volta das 8h30, a fila de caminhões já seguia por mais de 3 quilômetros. A faixa da esquerda foi totalmente bloqueada e a da direita ficou liberada para o tráfego de veículos.
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