"NÃO CABE À AUTORIDADE JUDICIÁRIA AVALIAR O QUADRO CLINICO DO SEGREGADO", ARGUMENTOU A MINISTRA


Ministra Luciana Lóssio concedeu habeas corpus para Garotinho, para que ele seja transferido a um hospital. Caso tenha alta, ele poderá ficar em prisão domiciliar até que o TSE avalie o caso. A ministra disse que levará o caso ao plenário na semana que vem. "Não cabe à autoridade judiciária avaliar o quadro clinico do segregado", argumentou a ministra. Segundo ela, a decisão de levar Garotinho para o presídio de Bangu é uma "atitude temerária ante o risco de gravame à integridade física do custodiado"

Anthony Garotinho foi preso na última quarta-feira (16/11) pela Polícia Federal sob acusação de compra de voto, associação criminosa e coação. Ele foi o principal alvo da Operação Chequinho, que apura fraudes no programa Cheque Cidadão. 

No momento da prisão, o ex-governador teria passado mal e foi submetido a exames que apontaram problemas cardíacos o político. O político foi, então, internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, já que os médicos sugeriram que Garotinho passasse por um cateterismo. 

Na noite de quinta-feira (17/11), a Justiça transferiu Garotinho para o Complexo Penitenciário de Gerincó, em Bangu, alegando que o político estaria recebendo regalias no hospital. A defesa de Garotinho pediu, porém, o habeas corpus do ex-governador para que ele recebesse tratamento médico, o que foi concedido na noite desta sexta-feira.