Por Pr. Claudionor Lima


Na história da igreja o dissenso sempre foi algo presente entre os seus pares. Até o próprio Jesus lidou com isso na convivência com os seus discípulos. Quando os mesmos colocavam em cheque se era certo ou não pagarem impostos à Cesar, a Roma. Não muito diferente, nos primeiros séculos, precisamente nos anos 325, no conselho de Nicéia, o dissenso lá estava presente causando certo mal estar na vida dos féis 
daquela igreja. 

É lógico que hoje, com a presença de inúmeras igrejas e orientações teológicas bem diferentes umas das outras, torna-se muito difícil a construção de um eixo teologicamente comum a todos e, ao mesmo tempo, o entrosamento de uma teologia prática e que atendam os interesses particulares e das denominações. 

Essa postura atravanca a construção de uma reflexão teológica consolidada nos fundamentos da bíblia e também desarticula outros eixos que poderiam servir de orientação e motivação para uma unidade consensual da igreja no tocante a uma reflexão teológica mais elaborada. 

Nesse descompasso sobra o vazio e nesse vazio surgem incontáveis iniciativas politicas desfocadas do ideal do cristianismo; sem comprometimento e preocupação em elaborar uma teologia que, por essência seja bíblica, e que também não ofusque nem ignore o contexto histórico e social do Brasil.

Portanto, é preciso que antes de qualquer coisa voltemos para a bíblia, a qual nos assegura bases claras e sólidas sobre essenciais reflexões teológicas, e não sobre as carências das temáticas individuais e sociais analisadas e refletidas a partir de viés restritivamente circunstanciais e humanistas, que as vezes, se escondem por trás de algumas politicas excursas na exposição teológica da fé de “algumas igrejas”.