Organizações, proprietários de terras e moradores de aproximadamente 30 comunidades participaram na última quinta feira(19), na escola Paroquial de uma audiência pública afim de pacificar a vida nos campos inundáveis de Anajatuba.
O evento foi promovido pela comarca da Cidade com o objetivo de discutir a preservação dos campos e a não permanência de cercas que tomam conta do local e assim evitar conflitos agrários entre moradores e fazendeiros. O problema acarreta no impedimento da passagem de pessoas, pesca e criação de animais de pequeno porte e conseqüentemente danos ambientais.
O pescador Esmilton Barros, lembrou que além de estarem sendo prejudicados ainda são ameaçados constantemente pelos proprietários.
As autoridades envolvidas estão diante de um problema social muito grave onde se busca resolver de maneira pacifica.
Carlos Augusto, promotor de justiça da comarca de Anajatuba alertou que conflitos agrários é sempre preocupante “ estamos sempre buscando diálogos com as partes envolvidas para evitar que a violência no campo aconteça, como já foi registrado em outros locais” ressaltou o magistrado.
Antonio Fernandes, advogado dos proprietários e criadores, salientou que está defendendo o estado democrático de direito que permite o proprietário ter suas áreas cercadas e protegidas “ é claro que os moradores estão diante de uma proteção constitucional federal e estadual” lembrou.
O juiz aposentado, Jorge Moreno, relator dos direitos humanos e representando do redes e fóruns declarou que defende a retirada dos obstáculos e afirmou que conhece praticamente todas as comunidades afetadas e sabe do sofrimento vivido por cada morador.
Jaqueline Rodrigues da Cunha, juíza de direito que assumiu a comarca no mesmo dia da audiência, disse que esse problema não é só em Anajatuba, mas recorrente em toda baixada Maranhense, a exemplo da Cidade de São João Batista onde trabalhou por muito tempo.
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