A trágica morte do candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, muda drasticamente o cenário eleitoral para as eleições de outubro. O político foi vítima nesta quarta-feira (13) de um acidente aéreo que aconteceu em Santos, no litoral de São Paulo, no qual também morreram mais seis pessoas. Para o sociólogo e cientista político Antônio Lavareda, o acidente fatal torna a disputa pela presidência mais imprevisível, sobretudo por causa da provável indicação de Marina Silva, que até então era candidata a vice-presidente, para competir pelo cargo. Sobre a migração de votos, o especialista diz que a situação é singular. “Na verdade a Marina vai herdar parte dos votos de Eduardo, que por sua vez já herdara parte das suas intenções de votos da própria Marina Silva quando ela viu inviabilizada a sua postulação presidencial”, afirma Lavareda. Antes de se filiar ao PSB em 2013, Marina Silva tentou criar uma nova sigla, a Rede Sustentabilidade, mas não conseguiu o registro na Justiça Eleitoral. O cientista político lembrou que, na última pesquisa em que o nome da candidata foi incluído entre os presidenciáveis, ela ficou na segunda posição, à frente de Aécio Neves (PSDB). Segundo Lavareda, além de político, o legado de Marina Silva é emocional.